Direção: Sidney Lumet, 1975. |
Um
filme tenso sobre um assalto real. O filme é baseado em fatos, e conta a
história de um assalto a banco em 1972 no verão de Nova Iorque. Al Pacino
interpreta Sony, um cara ferrado que planeja roubar um banco com dois
parceiros, porém algumas coisas saem do plano inicial e eles têm que improvisar
para dar tudo certo no final.
Al
Pacino carrega o filme nas costas. Com uma atuação impecável e um roteiro
excelente, Pacino nos faz torcer pelo vilão, o assaltante, mas que tem os seus
motivos para seus atos, que vão sendo revelados ao longo do filme e que achei sensacional.
Quando digo que ele “carrega o filme nas costas”, não é que o filme seja bom
apenas por ele, mas creio que se fosse outro ator (exceto Jack Nicholson e
Robert De Niro), seria apenas um filme mediano. Há uma sintonia muito boa do
Pacino com todos os personagens aqui, ele realmente está espetacular, com
diálogos incríveis e um desenvolvimento de personagem ótimo, infelizmente não
levou o Oscar, pois tinha como concorrente Jack Nicholson em One Flew Over The
Cuckoo’s Nest (1975). O filme é um pouco longo, duas horas de duração para
contar um assalto de uma tarde, mas tem um ritmo bacana, e alguns alívios cômicos
nervosos para a tensão que o longa estabelece. Alguns temas são abordados
sutilmente, mas que são essenciais e importantíssimos não só para o desenrolar da
história, mas para a sociedade da época, como o exibicionismo midiático ao
redor de uma tragédia, o descontentamento da população para com a policia, e o
despreparo dos policias para algumas situações, além, é claro, do desespero do
personagem em conseguir dinheiro para um objetivo especial. É um filme bem
competente, com uma boa direção, atuações e roteiro excelentes, talvez peque
por ser um pouco longo, e por isso considero um filme nota 9, mas um 10 pela atuação
do Pacino não seria nada ruim.
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