Direção: Afonso Poyart, 2012. |
Um
longa nacional de crime. O filme conta a história de Edgar, um rapaz que quando
criança era muito bom com vídeo games e eletrônicos, porém agora adulto não é
tão bem sucedido quanto poderia ser. Como a sua vida não está muito bem
planejada, Edgar bola um plano para mudar tudo isso e conseguir uma bela grana,
utilizando da teia de informações que o filme constrói muito bem.
A
história é narrada por Edgar, de forma não cronológica, mas que cada trecho se
encaixa na trama perfeitamente, um pouco parecido com Cidade de Deus (2002),
onde temos Buscapé como narrador e conta a história de alguns personagens de
forma não cronológica, indo e voltando no tempo conforme os acontecimentos vãos
se encaixando. Por haver essa ordem temporal, devo destacar a edição e a
montagem que funcionam muito bem dessa forma, não deixando o espectador perdido
no tempo e nos acontecimentos. Aqui, todos os personagens estão interligados;
há o núcleo dos políticos, o núcleo dos assaltantes, a mulher amante e outros
clichês que conhecemos das novelas globais. Achei muito boa a escolha da trilha
sonora também, que vai de Lenine, passando por Matanza, Radiohead, 30 Seconds
To Mars e Avassaladores, o que mostra uma versatilidade de sentimentos nos
personagens e nas cenas, umas cômicas, outras com bastante ação, e outras bem
dramáticas e trágicas. O elenco traz Alessandra Negrini e Caco Ciocler como
atores já renomados no Brasil, e outros um pouco desconhecidos e que não
comprometem o filme, com atuações firmes, algumas um pouco caricaturescas, mas
que funcionam de certa forma. As soluções dos problemas chegam a ser um pouco
previsíveis, mas é bem interessante a forma que o longa aborda isso com o uso
da edição e montagem do filme. Achei muito interessante esse filme, que com uma
nota entre 7 e 8 me surpreendeu positivamente, pois é sempre bom ver um filme
nacional que não seja uma comédia esdruxula, e que por mais que não seja muito
original, funciona muito bem.
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