domingo, 29 de novembro de 2015

What We Do In The Shadows

Direção: Jemaine Clement,
Taika Waititi, 2014.
Um mockumentary neo-zelandês genial de comédia. Esse falso documentário conta a história de quatro amigos que dividem um quarto na Nova Zelândia, e são vampiros! É incrível o quão sensacional esse filme consegue ser, o quão original apesar de tantos filmes sobre vampiros (paródias ou não) terem surgido após o lançamento de Twilight em 2008. Cada vampiro tem a sua personalidade e eles têm que aprender a conviver juntos, respeitando suas individualidades e exercendo as tarefas domésticas essenciais, como lavar a louça suja (de sangue). Existem também outros monstros na cidade, como zumbis, bruxas e claro, seus rivais lobisomens.  O longa consegue atualizar muito bem esses seres, de uma forma crível e cômica, mostrando como que em pleno século XXI os vampiros conseguem suas vítimas, como que eles se arrumam para sair se não há reflexo no espelho, como os lobisomens se preocupam em não destruir tudo quando é lua cheia, etc.

Os efeitos práticos do filme são perfeitos para um mockumentary, sem muito CGI, não há muito gore e algumas partes são até censuradas (colocado um borrão), por realmente querer parecer um documentário. Os atores são ótimos, o roteiro é genial e as piadas funcionam muito bem. Considero um filme nota 10 por sua originalidade e por funcionar tão bem no jeito como foi pensado; se não fosse um mockumentary talvez não tivesse ficado tão engraçado. 

Another Me

Direção: Isabel Coixet, 2013.
Um filme terrível de terror. O filme conta a história de uma garota que começa a ver uma pessoa igual a ela e que começa a tentar roubar a sua identidade. A atriz principal é Sophie Turner, e talvez a única coisa que preste nesse filme; Sophie não é uma má atriz, mas o filme a desperdiça, pois não sabe qual história quer contar. Achei a trama principal bem interessante, mas muito pouco abordada no filme e muito má trabalhada; o filme tenta passar um clima de suspense e mistério, mas em nenhum momento nos deixa aflito ou com medo. 

Há outras subtramas que são completamente descartáveis, como o romance adolescente da Sophie com seu colega de escola. Até gostei do romance dos dois, mas como o filme não explorou o mistério e suspense essencial para o filme ser bom, não contribuiu em nada para a história. Contém ainda cenas bastantes clichês, de perseguição por algo desconhecido, mas que não conseguem amedrontar ninguém. Por ser um filme tão ruim, o final me surpreendeu um pouco, pois não achava que o filme poderia me apresentar algo bom, algo que eu não esperava, por ser tão óbvio e ruim o tempo todo. É um longa de terror péssimo que em momento algum te amedronta, foca em subtramas desnecessárias e merece no máximo um 4,5 pela Sophie Turner e o final não tão terrível como o resto do filme.

sábado, 28 de novembro de 2015

Hot Fuzz

Direção: Edgar Wright, 2007.
Uma sensacional comédia policial inglesa. O filme conta a história de um policial de Londres que acaba sendo transferido para uma vila no interior. O policial, interpretado pelo ótimo Simon Pegg, não se sente confortável nessa nova cidade, pois lá “nada acontece”, é tudo muito calmo, e com toda sua atenção e perspicácia acaba notando alguns fatos estranhos acontecendo, e decide investigar um pouco. Sem dar muito spoiler, a trama do longa é basicamente esta, e além de Simon Pegg, conta também com Nick Frost no elenco, e Edgar Wright na direção. Hot Fuzz é o segundo filme de uma trilogia, tendo como ponto inicial Shaun Of The Dead (2004), uma comédia de zumbis, e finalizada com The World’s End (2013), uma comédia de ficção científica. 

É interessante observar que nesse filme (nos outros citados também), o humor não está apenas em piadas contadas pelos atores, mas sim na direção, e principalmente na edição, é um humor visual hilário. Creio que o filme fica ainda mais engraçado pra quem gosta bastante de filmes policiais; eu não sou um grande fã e não conheço muito, e mesmo assim consegui pegar algumas referências nesse filme, mas tenho certeza que perdi várias e com isso algumas piadas. Como o longa é uma sátira de filmes policiais, tem muita ação nele, principalmente no ato final: pra quem gosta de porrada e tiros, tem uma boa dose nesse filme. São duas horas de filme, e por ser um filme de comédia acho que fica um pouco cansativo, mas há ainda outro elemento que te prende a atenção: um pouco de suspense e mistério; como todo bom filme policial, tem uma investigação bem elaborada aqui. É um filme imperdível pra quem gosta de comédia, humor inglês e ação policial, com uma nota 8,5 eu assistiria tanto esse quanto os outros dois citados com toda certeza, numa mini maratona tomando uma cerveja e dando boas risadas.

V/H/S

Direção: Adam Wingard, Chad Villella,
David Bruckner, Glenn McQuaid, Joe
Swanberg, Justin Martinez, Matt Bettinelli-Olpin,
Ti West, Tyler Gillett, 2012.
Um filme de terror no estilo found footage. O filme conta a história de um grupo de amigos (bem babacas, escrotos e nojentos), que filmam suas “atividades ilícitas” com uma câmera antiga, e uma dessas atividades consiste em roubar uma fita VHS em uma casa. Ao entrar nessa casa eles percebem que o morador está morto, e mesmo assim vão atrás da fita específica, porém nessa casa há uma coleção de fitas VHS e os amigos acabam assistindo algumas enquanto procuram. Considero que o foco principal não é nessa história, mas sim nas histórias que estão nas fitas, pois o filme parece que na realidade são vários curtas de uns 20 a 30 minutos, e que utilizam a história do roubo de uma fita para juntá-los num filme. Ora nós vemos o que está acontecendo na casa das fitas, e ora nós vemos esses pequenos curtas. Por ser um filme de terror, ele contém alguns jumpscares e uma boa dose de gore, mas o interessante é o clima de aflição e suspense no ar que ele deixa, pela má qualidade das imagens e o repleto desconhecimento das histórias que estão por vir. 

Todas essas histórias das fitas poderiam virar filmes de terror sólidos, uns mais bizarros que os outros, uns mais gore e outros mais de assombração e fantasmas. Li um comentário que dizia que esse filme é uma “Coletânea da Deep Web”, e é uma boa forma de resumir o filme, mas bem light talvez. Ao final da maioria dessas fitas que o grupo assiste, eu me peguei com um cara de nojo e total falta de noção do que tinha acabado de ver, de tão surreal e bizarro que eram, porém elas funcionam de certa forma, não é de todo o ruim. Pela curiosidade que os pequenos curtas trazem, algumas doses de jumpscares e gore, considero um filme entre 6 e 6,5.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Gravity

Direção: Alfonso Cuarón, 2013.
Uma aula de cinema transformada em filme espacial. A história do filme não é muito original, pois vários filmes que tem espaço como seu principal ambiente são parecidos: uma missão espacial que não deu tão certo e os sobreviventes tem que voltar para a terra. Nessa trama temos apenas dois personagens principais, interpretados por Sandra Bullock e George Clooney, que fazem muito bem o seu papel, e o destaque maior fica para Bullock, que nos faz viver suas emoções. Mas essa vivência do espectador não apenas de uma personagem: é do filme todo! Ficamos aflitos com os problemas que ocorrem no espaço, com a falta de oxigênio, com o desaparecimento de colegas, com destroços espaciais voando, com a escuridão infinita ao seu redor. Além das atuações, eu pontuo pelo menos três fatores principais que transpassam o filme para nós: a direção de Alfonso Cuarón, a fotografia e mixagem de som. Cuarón nos traz pra dentro do espaço, ora somos Sandra Bullock, ora somos George Clooney, e ora somos outro parceiro qualquer que possa estar com eles. Sentimos a gravidade zero (se é que me entendem), os objetos e corpos flutuando, tudo lindo, cada cena tem algo que te choca e te encanta, que te faz ficar aflito e morrendo de medo pela solidão que é o espaço. Gigante e escuro, iluminado pelo sol e seu reflexo nas estrelas. 

A Terra está linda, o sol nascendo de um lado do planeta, as luzes acessas nas casas do outro lado quando é noite, você queria estar lá em cima com eles, a fotografia te encanta. Mas às vezes é silêncio, sem oxigênio, escuro, isolado, sombrio e sufocante. Não há som, não há luz, e a única certeza é a solidão e morte: os poderes que a mixagem de som combinada com a fotografia lhe oferece nesse filme são incríveis, além, é claro, dos excelentes efeitos visuais necessários e impecáveis. O único ponto franco realmente fica na trama, ela funciona, é claro, mas é um pouco genérica, só que não estraga o filme por isso, e ele continua sendo uma obra linda. Amantes de filmes espaciais, de ação, de romance, de comédia, de aventura, de ficção científica... Amantes do cinema, vejamos esse filme! Nota 9,5, se a história em si fosse um pouco melhor trabalhada quem sabe valeria um 10.

The Visit

Direção: M. Night Shyamalan, 2015.
O novo filme de suspense de M. Night Shyamalan. O longa conta a história de dois irmãos, Becca e Tyler, que vão passar uma semana na casa de seus avós que nunca conheceram. A trama é simples, mas muito interessante e bem dirigida. Após o grande estrondo que foi The Sixth Sense em 1999, a carreira de Shyamalan decaiu consideravelmente, mas em The Visit ele demonstra que ainda sabe fazer cinema. O filme conta com um plot twist legalzinho, cenas de mistério e suspense boas e alguns jumpscare que funcionam. O filme é todo filmado em primeira pessoa, por duas câmeras, pois Becca está querendo fazer um documentário, então cada um dos irmãos empunha uma câmera e passa a gravar a semana naquela casa desconhecida com seus avós. Depois de mais de quinze anos de The Blair Witch Project, a onda de filmes de terror e suspense em primeira pessoa parece ainda não ter encerrado, mas aqui essa técnica funciona, pois não parece jogada no roteiro sem nexo nenhum com a história, e as cenas são bem filmadas e editadas. 

Algumas pessoas consideram até como um filme de comédia de terror, pois contém várias partes engraçadas encenadas pelos protagonistas que tem uma sintonia muito boa frente ás câmeras, mas eu acho que o foco maior aqui é realmente o mistério que envolve essa casa e os avós. Shyamalan retorna com um bom filme, não muito original, mas funcional do que se propõe a fazer, e ainda conta com uma das marcas essenciais do diretor, o plot twist, que é bem interessante até. Enfim, pra quem gosta de suspense, filmes em primeira pessoa e alguns jumpscare, o filme vale a pena sim: nota 8. 

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Maze Runner

Direção: Wes Ball, 2014.
The Maze Runner


Uma saga adolescente pós-apocalíptica não focada no romance. O filme conta a história de Thomas e um grupo de amigos que estão presos num lugar com um enorme labirinto. Nesse primeiro filme, o foco é no labirinto: os segredos que ele guarda e como escapar dali passando por ele. Thomas é novato nesse local, e acaba tendo alguns embates com outros personagens, mas logo faz amigos e ele mostra o seu “título de protagonista”. Esse protagonismo dele me incomodou ao longo dos filmes, pois ele é “O Eleito”, é o cara que pode salvar o mundo e apesar de tudo o que acontece ao redor dele, ele não é atingido por nada. Thomas é um cara curioso e impulsivo que se mete em várias situações inimagináveis, mas como é o protagonista, nada lhe acontece e ele escapa de boa, e às vezes isso é muito forçado e você tem que ignorar o que aconteceu, pois “o protagonista não pode morrer”. Outro problema é que o elenco conta apenas uma personagem feminina (mesmo!). A princípio achei que ela estaria ali apenas para fazer o par romântico essencial dos filmes, mas ela se mostrou ser mais do que isso. Como falei no começo, o filme não é focado no romance: apesar da inserção dessa garota, a trama é focada no mistério e suspense, em como essas pessoas poderão escapar do local, o que é bem interessante, mas não é trabalhado crivelmente. Outra coisa que me incomodou um pouco foram algumas cenas de ação: muita câmera tremida, pouca iluminação e cortes rápidos demais, o que dá uma sensação de confusão. Achei as atuações OK, nada com grande destaque nesse filme. Como início de uma saga, achei o enredo bem trabalhado, a história bem contada e com uma nota 7,5 veria o filme novamente (até porque o final só sai em 2017).

Direção: Wes Ball, 2015.
Maze Runner: The Scorch Trials

Uma saga adolescente pós-apocalíptica não focada no romance. Agora, Thomas e seus amigos conseguiram escapar do labirinto e estão confinados num grande laboratório para repousarem. Aos poucos, Thomas “O Curioso” percebe coisas estranhas no local e acha melhor tentar escapar novamente. Basicamente, o segundo filme tem os mesmos problemas do primeiro: protagonismo exacerbado, poucas personagens femininas e má direção em cenas de ação. Um ponto positivo aqui é a fotografia que me impressionou algumas vezes, principalmente em cenas no deserto (me lembrou até Mad Max: Fury Road). Surge outra personagem feminina que compõe o grupo, bem forte, mas que tentaram, ainda que sem sucesso, empurrar como par romântico (acho que perceberam que esse não é o foco da saga, ainda bem!). Há mais cenas de ação e o filme é mais sombrio e com cores mais escuras, o que incomoda bastante algumas vezes, mas há outras cenas de suspense e mistério que compensam isso. O filme conta com a presença de Giancarlo Esposito, o Gus Fring de Breaking Bad, e como era de se esperar ele não peca no papel. Penso que essa sequência decaiu um pouco em relação ao primeiro filme, por ser um pouco longo demais e o meio do filme conter algumas cenas desnecessárias, com uma nota 7, terei que vê-lo novamente antes da finalização da saga em 2017, mas com prazer.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Let's Be Cops

Direção: Luke Greenfield, 2014.
Uma comédia com uma ideia boa, mas com vários probleminhas. O filme conta a história de dois amigos, Justin e Ryan, que estão com 30 anos, porém não muito felizes com suas vidas. Ryan era uma promessa do esporte, mas acabou se machucando e acabando com essa carreira, e agora faz alguns bicos de ator para se manter, enquanto Justin é um programador de jogos. Justin aluga dois uniformes de policias para colocar em manequins e assim poder apresentar melhor seu novo jogo policial para seu chefe, que caga com essa ideia e sugere um jogo com “bombeiros contra zumbis”. No mesmo dia eles vão a uma festa a fantasia de reencontro da turma, porém essa festa na verdade era somente de máscaras, e os dois acabam indo com as roupas de policial do jogo. Vestindo esses uniformes eles acabam sendo respeitados nas ruas, pois pensam realmente que são policiais. 

E a premissa do filme é basicamente essa: dois caras ferrados que acabam se divertindo (e arranjando altas confusões) tentando ser policiais. Eu achei essa ideia bastante legal, mas poderia ser mais bem explorada. Gostei bastante da dupla de protagonistas, Damon Wayans Jr. e Jake Johnson, eles tem uma sintonia ótima, parece que estão realmente se divertindo e você compra a amizade deles. O filme conta ainda com a Nina Dobrev, e é aí que vêm alguns probleminhas. Há somente duas atrizes mulheres com fala no filme, e elas só estão ali para fazer um par romântico ou ter alguma conotação sexual. Isso me deixou um pouco triste, pois eu queria gostar mais do filme, realmente, mas com esse machismo exacerbado, a falta de espaço que o filme dá para as mulheres me incomodou bastante. Com uma exploração não muito boa da situação que o filme nos traz e o machismo pertinente, considero um filme engraçadinho e vale uma nota 6.

Tucker & Dale vs.Evil

Direção: Eli Craig, 2010.
Uma comédia satírica de filmes de terror slashers incrível. O filme conta a história de Tucker e Dale, dois caipiras que estão de férias em nova casa do meio do mato, e, paralelamente, um grupo de jovens universitários que decidem acampar no meio do mato. Aqui a gente vai encontrar muitos clichês de filmes de terror onde jovens vão acampar longe da cidade e acabam sendo assassinados por algo macabro. Só que aqui esses clichês são muito explorados e bem feitos. Tucker e Dale só querem cuidar da casa nova e pescar, mas por sua aparência “não muito agradável” para os jovens brancos de classe média dos EUA, são vistos como psicopatas maníacos. É quase que impossível não comparar esse filme com “Shaun of the dead”, e arrisco a dizer que este chega perto, porém não tão engraçado quanto. Achei a ideia do filme muito boa, satirizar esse subgênero do cinema que se popularizou tanto após “Halloween”, mas não os fazendo passar por ridículos, e sim os homenageando. 

Gostei bastante da mensagem final também, que resumindo é “o seu preconceito pode te matar” (não considero isso um spoiler, pois sendo uma sátira de slashers já se presume algumas mortes, né?). Dos atores eu não conhecia nenhum, mas destaco os dois principais, Alan Tudyk e Tyler Labine, que interpretam Tucker e Dale, estão muito bem no papel, e os outros universitários eu acho que poderiam ser quaisquer atores, pois não tem muito o quê explorar deles. Alguns pontos negativos talvez fiquem por conta dessas atuações e no exagero do desenvolvimento da história (se bem que para algumas pessoas possa ser um ponto positivo por ser uma sátira). É um filme bem divertido de ver com os amigos tomando uma cerveja, chega a uma nota entre 8,5 e 9 facilmente.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Proof

Direção: John Madden, 2005.
Um drama com Gwyneth Paltrow, Jake Gyllenhaal e Anthony Hopkins. A história do filme é a de uma moça (Gwyneth), filha de um matemático brilhante, mas que acabou enlouquecendo com o tempo e acabou de falecer. Ela tinha muito potencial para a área quando mais nova, mas acabou tendo que interromper sua carreira para cuidar do pai. O pai, vivido por Hopkins, era professor de uma universidade e grafomaníaco, tinha compulsão em escrever, e por isso acabou escrevendo em centenas de cadernos os seus pensamentos, sobre matemática e a vida. Hopkins tinha um pupilo, o personagem vivido por Gyllenhaal, e que acabou indo a casa de seu antigo professor várias vezes após sua morte para consultar esses livros, e com isso acabou conhecendo a filha. 

Acho que não preciso falar do elenco, que só por esses três nomes já temos uma noção do que eles trazem no filme. Hopkins está ótimo, mas eu gostaria de ver um pouco mais da loucura de seu personagem no filme, que foca mais no desenvolvimento pessoal de sua filha. Os diálogos do filme são muito bons, e me lembraram até “A Beautiful Mind”, e fazem umas metáforas com a matemática e a vida que me deixou um pouco perdido, pois não sou muito fã de exatas. O filme não tem muitos alívios cômicos, e chegar a ser um pouco cansativo com alguns diálogos pesados, aí depende de cada espectador. Eu não esperava muito do filme e acabei de surpreendendo um pouco, com uma nota entre 7 e 7,5 eu veria novamente, até pra entender um pouco melhor os diálogos.

The Big Lebowski

Direção: Irmãos Coen, 1998.
Um drama, ou comédia, escrito e dirigido por Ethan e Joel Coen, ou simplesmente Irmãos Coen, e o segundo filme que vejo deles. A história do filme é de um cara, “The Dude”, vivido por Jeff Bridges, um cara desempregado e preguiçoso que adora jogar boliche. Dude é xará de Lebowski, um milionário da região, e por conta disso acaba sendo alvo de bandidos que querem um dinheiro que a esposa de Lebowski deve. Dude vai atrás de Lebowski para tirar satisfações e resolver essa confusão, mas a esposa acaba sendo sequestrada e Lebowski, o milionário, acaba contratando Dude para resgatá-la. O elenco do filme é muito bom, com Julianne Moore, Steve Buscemi e Philip Seymour Hoffman que estão ótimos, porém não foi o suficiente para de fazer adorar o filme.

Eu quero gostar dos Coen, mas sempre fico com um gosto amargo após os filmes, pois esperava algo muito melhor: foi assim com Fargo, e com The Big Lebowski. O humor deles não funcionou comigo, a história não me convenceu por ser tão irreal, mas tem seus pontos positivos. Gostei bastante do John Goodman, ele traz um alívio cômico necessário para o filme, porém ás veze é tão idiota que você se pergunta “É sério isso, Coens?”. Não me vejo querendo ver o filme por espontânea vontade novamente, mas nunca se sabe: nota 5,5.

Man Up

Direção: Ben Palmer, 2015.
Uma comédia romântica inglesa estrelada por Simon Pegg, com alguns clichês básicos do gênero. O filme conta a história de uma moça, Nancy, que tem 34 anos, é solteira, não está muito feliz com sua vida e tem que ir para o aniversário de 40 anos de casamento de seus pais. Nancy embarca num trem rumo ao aniversário e acaba conhecendo uma garota de 24 anos, que está lendo um livro de autoajuda e o indica à Nancy (na verdade ela dá o livro pra ela). Portando seu mais novo e indesejado livro, Nancy acaba conhecendo um rapaz, pois a moça do trem iria num encontro às cegas com esse rapaz e o livro seria a forma de reconhecer um ao outro, porém Nancy acaba gostando da ideia e vai em frente com a mentira de se passar por outra pessoa nesse encontro. A premissa do filme é basicamente essa: uma mulher, solteira, infeliz, que conhece um cara sem querer, os dois acabam gostando um do outro, depois acontece algo que os separa, mas no final dá tudo certo para o casal. 

Pensando nisso encontramos alguns problemas, é claro, como a moça infeliz sendo salva pelo belo rapaz que traz alegria para sua vida: clichê e machista. Apesar dos pesares, eu acabo (na maioria das vezes) me entregando a essas histórias românticas água com açúcar, o casal consegue me conquistar. Os atores estão ótimos: o único que eu conhecia do elenco era o Simon Pegg e ele está muito bem, traz o seu bom humor e leveza para o filme e gostei da sintonia do casal principal, mas outro destaque é o Rory Kinnear (Sean), que está hilário no filme. Gostei bastante do roteiro, a maioria dos diálogos envolvendo o casal principal é bem envolvente e você acredita na amizade, afeto e amor dos dois; você compra a história romântica desse casal baseando-se nas conversas e atuações convincentes. O filme não traz nada de novo, não inova o gênero, mas vale a pena assistir; a história é clichê, a maioria das piadas funciona e os atores ajudam muito para dar esse humor necessário ao longa. Considero um filme 7 ou 7,5 de 10, e veria de novo tranquilamente se quisesse dar algumas risadas e esquentar um pouco o coração.

Sobre

Get Smart (1965 - 1970)
Cine86 é um blog pessoal sobre cinema, seriados e afins. Sendo um blog pessoal, procuro apenas externalizar algumas reflexões e críticas sobre o que assisto. Como às vezes passo horas sozinho divagando sobre o que vejo, decidi produzir algo com isso, puramente para fins pessoais. Sou estudante de História, e nunca estudei cinema, mas procuro sempre saber mais sobre essa arte, sobre o processo criativo dos filmes, o que há por trás das câmeras, os diretores, os movimentos cinematográficos ao longo dos anos, etc. Há muito o que ser estudado e debatido nessa área tão nova e tão importante para nossa sociedade atual, pois os filmes, seriados e afins fazem parte da nossa vida, direta ou indiretamente, e desde o século passado vêm causando um impacto gigantesco em cada geração que nasce. O nome “Cine86” é básico e genérico: uma mistura de duas palavras, cine de Cinema, e 86 do glorioso Agente 86. Mesmo sendo um seriado antigo, Get Smart (1965 - 1970) me iniciou nessa cultura de acompanhar seriados até o final: comprei os DVDs das cinco temporadas quando tinha meus 16 anos e os tenho com muito carinho até hoje, seis anos depois.


Martin Scorsese
Minha paixão por cinema iniciou em 2015, após eventos traumáticos e conflitos internos acabei me refugiando nessas várias (ir)realidades, e consumindo várias obras por semana. Não satisfeito em apenas assistir os filmes, fui procurando, aos poucos, entender um pouco mais sobre a arte que é fazer cinema. Considero um pontapé inicial e muito importante nessa fase, os filmes The Wolf Of Wall Street (2013) e Taxi Driver (1976) de Martin Scorsese, e Scarface (1984) de Brian De Palma, pois são filmes tão impecáveis e icônicos que me sugaram e explodiram minha mente de uma maneira que não havia acontecido até então. A partir daí surgiu minha paixão por Scorsese, De Niro e Di Caprio. Gostaria também de homenagear um cineasta brasileiro que me incentivou e me ajudou a entender um pouco sobre cinema, Tiago Belotti, brasiliense, que possui um canal no YouTube chamado Meus 2 Centavos, e além de fazer críticas de filmes, produz alguns vídeos "instrucionais e didáticos sobre a sétima arte". 



Gostaria ainda de deixar duas redes sociais sobre cinema, seriados e afins que utilizo para cadastrar os filmes que assisto. Não são todos os que vejo que eu escrevo algo e coloco aqui: uns eu acho que não há necessidade e outros acho que é necessário uma reflexão mais profunda e necessito ver outras vezes ainda. Enfim, os perfis são do Filmow e Letterboxd.