quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Maze Runner

Direção: Wes Ball, 2014.
The Maze Runner


Uma saga adolescente pós-apocalíptica não focada no romance. O filme conta a história de Thomas e um grupo de amigos que estão presos num lugar com um enorme labirinto. Nesse primeiro filme, o foco é no labirinto: os segredos que ele guarda e como escapar dali passando por ele. Thomas é novato nesse local, e acaba tendo alguns embates com outros personagens, mas logo faz amigos e ele mostra o seu “título de protagonista”. Esse protagonismo dele me incomodou ao longo dos filmes, pois ele é “O Eleito”, é o cara que pode salvar o mundo e apesar de tudo o que acontece ao redor dele, ele não é atingido por nada. Thomas é um cara curioso e impulsivo que se mete em várias situações inimagináveis, mas como é o protagonista, nada lhe acontece e ele escapa de boa, e às vezes isso é muito forçado e você tem que ignorar o que aconteceu, pois “o protagonista não pode morrer”. Outro problema é que o elenco conta apenas uma personagem feminina (mesmo!). A princípio achei que ela estaria ali apenas para fazer o par romântico essencial dos filmes, mas ela se mostrou ser mais do que isso. Como falei no começo, o filme não é focado no romance: apesar da inserção dessa garota, a trama é focada no mistério e suspense, em como essas pessoas poderão escapar do local, o que é bem interessante, mas não é trabalhado crivelmente. Outra coisa que me incomodou um pouco foram algumas cenas de ação: muita câmera tremida, pouca iluminação e cortes rápidos demais, o que dá uma sensação de confusão. Achei as atuações OK, nada com grande destaque nesse filme. Como início de uma saga, achei o enredo bem trabalhado, a história bem contada e com uma nota 7,5 veria o filme novamente (até porque o final só sai em 2017).

Direção: Wes Ball, 2015.
Maze Runner: The Scorch Trials

Uma saga adolescente pós-apocalíptica não focada no romance. Agora, Thomas e seus amigos conseguiram escapar do labirinto e estão confinados num grande laboratório para repousarem. Aos poucos, Thomas “O Curioso” percebe coisas estranhas no local e acha melhor tentar escapar novamente. Basicamente, o segundo filme tem os mesmos problemas do primeiro: protagonismo exacerbado, poucas personagens femininas e má direção em cenas de ação. Um ponto positivo aqui é a fotografia que me impressionou algumas vezes, principalmente em cenas no deserto (me lembrou até Mad Max: Fury Road). Surge outra personagem feminina que compõe o grupo, bem forte, mas que tentaram, ainda que sem sucesso, empurrar como par romântico (acho que perceberam que esse não é o foco da saga, ainda bem!). Há mais cenas de ação e o filme é mais sombrio e com cores mais escuras, o que incomoda bastante algumas vezes, mas há outras cenas de suspense e mistério que compensam isso. O filme conta com a presença de Giancarlo Esposito, o Gus Fring de Breaking Bad, e como era de se esperar ele não peca no papel. Penso que essa sequência decaiu um pouco em relação ao primeiro filme, por ser um pouco longo demais e o meio do filme conter algumas cenas desnecessárias, com uma nota 7, terei que vê-lo novamente antes da finalização da saga em 2017, mas com prazer.

Nenhum comentário :

Postar um comentário