Direção: Wes Ball, 2014. |
The Maze Runner
Uma saga
adolescente pós-apocalíptica não focada no romance. O filme conta a história de
Thomas e um grupo de amigos que estão presos num lugar com um enorme labirinto.
Nesse primeiro filme, o foco é no labirinto: os segredos que ele guarda e como
escapar dali passando por ele. Thomas é novato nesse local, e acaba tendo
alguns embates com outros personagens, mas logo faz amigos e ele mostra o seu “título
de protagonista”. Esse protagonismo dele me incomodou ao longo dos filmes, pois
ele é “O Eleito”, é o cara que pode salvar o mundo e apesar de tudo o que
acontece ao redor dele, ele não é atingido por nada. Thomas é um cara curioso e
impulsivo que se mete em várias situações inimagináveis, mas como é o
protagonista, nada lhe acontece e ele escapa de boa, e às vezes isso é muito
forçado e você tem que ignorar o que aconteceu, pois “o protagonista não pode
morrer”. Outro problema é que o elenco conta apenas uma personagem feminina
(mesmo!). A princípio achei que ela estaria ali apenas para fazer o par
romântico essencial dos filmes, mas ela se mostrou ser mais do que isso. Como
falei no começo, o filme não é focado no romance: apesar da inserção dessa
garota, a trama é focada no mistério e suspense, em como essas pessoas poderão
escapar do local, o que é bem interessante, mas não é trabalhado crivelmente. Outra
coisa que me incomodou um pouco foram algumas cenas de ação: muita câmera
tremida, pouca iluminação e cortes rápidos demais, o que dá uma sensação de
confusão. Achei as atuações OK, nada com grande destaque nesse filme. Como
início de uma saga, achei o enredo bem trabalhado, a história bem contada e com
uma nota 7,5 veria o filme novamente (até porque o final só sai em 2017).
Direção: Wes Ball, 2015. |
Maze Runner: The Scorch Trials
Uma saga
adolescente pós-apocalíptica não focada no romance. Agora, Thomas e seus amigos
conseguiram escapar do labirinto e estão confinados num grande laboratório para
repousarem. Aos poucos, Thomas “O Curioso” percebe coisas estranhas no local e
acha melhor tentar escapar novamente. Basicamente, o segundo filme tem os
mesmos problemas do primeiro: protagonismo exacerbado, poucas personagens
femininas e má direção em cenas de ação. Um ponto positivo aqui é a fotografia
que me impressionou algumas vezes, principalmente em cenas no deserto (me lembrou
até Mad Max: Fury Road). Surge outra personagem feminina que compõe o grupo,
bem forte, mas que tentaram, ainda que sem sucesso, empurrar como par romântico
(acho que perceberam que esse não é o foco da saga, ainda bem!). Há mais cenas
de ação e o filme é mais sombrio e com cores mais escuras, o que incomoda
bastante algumas vezes, mas há outras cenas de suspense e mistério que
compensam isso. O filme conta com a presença de Giancarlo Esposito, o Gus Fring
de Breaking Bad, e como era de se esperar ele não peca no papel. Penso que essa
sequência decaiu um pouco em relação ao primeiro filme, por ser um pouco longo
demais e o meio do filme conter algumas cenas desnecessárias, com uma nota 7,
terei que vê-lo novamente antes da finalização da saga em 2017, mas com prazer.
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